Você quer sair para dançar a noite inteira e aproveitar ainda mais a
balada? Então tome esta pílula que a sua diversão será garantida".
Você já ouviu isso ao sair à noite? A cada dia, novas drogas chegam
ao Brasil com a promessa de uma viagem louca e muita alegria, mas na
verdade trazendo riscos e conseqüências ruins à saúde que poucos
sabem.
A evolução das substâncias alucinógenas anda bem mais rápido do que a
informação sobre os riscos que elas trazem. Aos poucos, as grandes
plantações de cocaína, heroína e maconha, drogas que estão há muito
tempo no mercado e que, provavelmente, até seus avós conheçam os
perigos, começam a ser trocadas por substâncias produzidas em
pequenos laboratórios.
Com isso, três novas drogas fazem parte do "cardápio" oferecido por
traficantes a quem muitas vezes nem sabe os riscos que está
assumindo: o ecstasy, o GHB e o Poppers. O ecstasy, provavelmente, é
a mais conhecida destas três drogas. Ele já se tornou uma preocupação
constante nas campanhas contra o tráfico, pois mais e mais jovens o
consomem apesar dos problemas que ele traz à saúde. Poucos sabem, por
exemplo, que a "droga do amor" pode levar a convulsões, por exemplo.
Estas novas substâncias alucinógenas trazem um grande estado de
euforia e, por este motivo, são cada vez mais usadas em festas e
baladas. Os usuários relatam um sentimento de poder, desinibição e
alegria. "Tenho vontade de beijar todo mundo. Parece que tudo é feito
de algodão", conta Marcelo*, usuário de ecstasy há cerca de um ano.
Por essas e outras, a noite acaba sendo o principal alvo para o
consumo destas substâncias. Raves e danceterias, segundo pesquisas,
encabeçam a lista dos locais mais "propícios" para estas péssimas
experiências. "Uma vez, meu colega tomou um E (escstasy) inteiro e
nem conseguia parar em pé. Foi horrível. Queríamos continuar
dançando, mas tivemos que sair da pista e ir embora da balada com
medo de que acontecesse alguma coisa", revela Marcelo*.
É este outro lado das drogas que ainda está meio confuso. Elas trazem
diversas conseqüências ao sistema nervoso, respiratório e
psicológico. Os jovens, geralmente, ignoram aquilo que não vêem. Ou
seja, somente acreditam que o consumo destas substâncias traz
péssimas conseqüências na hora que um amigo próximo passa por algum
apuro. Agora pense: para que arriscar?