O quadro atual, é alarmante, diante do desafio de um segmento, principalmente da juventude em busca de substâncias que acabam trazendo dependências físicas e psíquicas. E nos traz uma preocupação maior ainda, quando se fala em droga, pensar-se apenas em maconha e cocaína. Lamentavelmente há um desvio da atenção de todos para esse aspecto muito perigoso. Esquecemos no entanto, que outras drogas são tão perigosas quanto a maconha e a cocaína. Estão em pleno uso, livre consumo em toda e qualquer comunidade, criando dependência que aniquila. Portanto o
uso abusivo do álcool, da inocente "cervejinha" é uma droga. O consumo
moderado de bebidas alcoólicas, reuniões, encontros e mesmo nas refeições é um
hábito bem aceito e até estimulado pela sociedade. São elas usadas como um relaxante
social, para esquecer as preocupações, fugir às tensões da vida e, na classe pobre,
serve para agüentar a fome, suportar as condições subumanas a que vivem. O álcool
etílico, a substância ativa das bebidas alcoólicas, produz inicialmente um estado de
euforia e excitação, desenibi e causa efeitos depressivos no sistema nervoso. O álcool
é queimado pelas células do corpo, principalmente pelo fígado, servindo para produzir
energias, portanto quando consumido ocasionalmente e moderado, seu nível no sangue
aumenta pouco, não acarretando grandes problemas ao organismo. As bebidas destiladas como
cachaça , vodca, gim e uísque, possuem um teor etílico bem mais alto que o vinho e a
cerveja, por isso bem mais prejudiciais. A intensidade dos efeitos variam de acordo com a
quantidade de álcool ingerida e acumulada pelo organismo, a partir de uma concentração
de 0,5g de álcool por litro de sangue, a pessoa começa a sentir-se relaxada e mais
tranqüila, entre os 0,5 e 1,5g por litro, os reflexos e a coordenação motora diminuem,
então surgem os primeiros sintomas de embriaguez. Neste estágio o indivíduo já não
sente firmeza no andar, tem dificuldades para falar e avaliar distâncias, perde a
capacidade de raciocinar e aprender. Entre 1,5 e 2g por litro começa a chamada
intoxicação alcoólica, quando nota-se claramente que o indivíduo está bêbado,
apresentando dificuldades em permanecer de pé, descontrole emocional e idéias
incoerentes, com 3g por litro o indivíduo pode ficar inconsciente, entrar em coma e
morrer. O grande problema do consumo de bebida alcoólica é o fato de algumas pessoas
passar do consumo social e moderado para o consumo habitual e diário, tais pessoas bebem
mesmo sozinhas e em horas impróprias. O organismo torna-se tolerante ao álcool, exigindo
quantidades cada vez maiores para obter os mesmos efeitos. O excesso de álcool,
acompanhado de má alimentação ocasionam a falta de vitaminas, podendo facilitar o
aparecimento de lesões nos nervos e no cérebro. Este estado pode progredir até levar o
indivíduo a uma psicose, caracterizada por alucinações (Delirium Tremens) e à morte.
Juntamente com o câncer, as endemias, doenças mentais e do coração, o alcoolismo é
uma preocupação, pois no entender de algumas pessoas, o alcoolismo deveria ser a
primeira enfermidade a ser combatida, porque ela não prejudica apenas a pessoa afetada.
Do ponto de vista médico, o alcoolismo é tido como uma doença progressiva e tende a
piorar, pois passa por diversos estágios acentuando-se cada vez mais. Portanto, trata-se
de uma doença real física, unida a uma obsessão mental, porque não há cura
definitiva. Toda a bebida alcoólica contém álcool etílico ou metanol em quantidade
variada, de acordo com o processo de fabricação. Ao ser ingerida ela é absorvida em
parte pelas paredes do estômago, e através do intestino grosso chega à corrente
sangüínea. Ali é metabolizada pelo fígado, uma parte eliminada pelos rins e pelos
pulmões através da respiração. A ação do álcool, prejudica o estômago, pois
aumenta a acides e produz ou agrava a gastrite. O fígado consegue oxidar o álcool puro
durante o dia, fornecendo calorias em quantidade suficientes para o alcoólatra manter-se
subalimentado com vida sedentária. O álcool supre a necessidade de calorias, mas não a
de vitaminas e proteínas. Assim, juntamente com a nutrição forma-se o circulo vicioso
para o alcoólatra. Com o fígado e o estômago em dificuldades para cumprir suas
funções por estarem mal nutridos. Ao mesmo tempo que são responsáveis pela má
nutrição, uma vez que, inflamados pelo álcool, não conseguem realizar a digestão. A
carência de proteínas pode levar à tuberculose. Quando a quantidade de bebida
alcoólica para uma pessoa embriagar-se, depende do indivíduo e da bebida. De acordo com
a medicina, cada pessoa tem um organismo diferente, assim, "há indivíduos que bebem
muito e demoram para se tornarem alcoólatras, enquanto outros tornam-se dependentes em
pouco tempo e com pequenas doses. São milhões de brasileiros que bebem moderadamente,
só em finais de semana, no caso a pessoa ainda tem controle sobre si mesmo, mas, com o
passar do tempo começam a surgirem os problemas. O alcoolismo , leva à morte muito cedo.
É um verdadeiro drama familiar e social. Uma doença fácil de se evitar. Só não tomar
a primeira dose, porque é impossível saber quem tem pré disposição para tornar-se
alcoólatra. Veja mais: |
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